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Os acertos e problemas do Universo da DC nos cinemas – parte 2

Poster de Green Lantern (2011)/Warner Bros./DC Entertainment/DC Comics/Divulgação

Green Lantern (2011)
Baseado no personagem de mesmo nome da DC Comics vivido por Ryan Reynolds, o filme conta com Blake Lively, Tim Robbins, Peter Sarsgaard. Martin Campbell foi o diretor e com muita esperança os fãs da DC acharam que ele iria fazer o mesmo de quando ressuscitou 007 em 007 - Cassino Royale. A decepção foi enorme já que o filme fez $219 milhões com um orçamento de $200 milhões.
Os Guardiões do Universo criam A Tropa dos Lanternas Verdes para patrulhar setores. Hal Jordan é o escolhido pelo anel para ser nosso protetor, e ele então combate Parallax. Excesso de CGI e problemas com o tom do filme prejudicaram sua performance. Esta era para ser a primeira entrada da DC em seu universo de filmes compartilhando a mesma realidade. A falha foi enorme, as críticas mistas, porém tendendo ao negativo.



Poster do filme O Homem de Aço (2013) via  Warner Bros./Legendary Entertainment /DC Comics/DC Entertainment/Divulgação

Man of Steel (2013)
Homem de Aço tenta como The Dark Knight não titular o filme com o nome do herói Superman. O primeiro reboot cinematográfico do personagem, excluindo os eventos de Lanterna Verde, e então iniciando o Universo Compartilhado da DC. Dirigido por Zack Snyder, e escrito por David S. Goyer que trabalhou nos Batmans anteriores. O elenco é Henry Cavill, Michael Shannon, Diane Lane, Russell Crowe, Amy Adams, Kevin Costner respectivamente como Superman, General Zod, Martha Kent, Jor-El, Lois Lane e Jonathan Kent.
Zod escapa da Zona Fantasma e encontra nosso planeta exigindo a entrega de Superman, mas na verdade sua real intenção é com um processo de terra-formação modificar nosso planeta e reviver Krypton nele.
Christopher Nolan é o responsável pelo conceito e trama do filme, ele apresentou a ideia para o roteirista. Neste filme, tudo é recontado, a origem de Kal-El, a destruição de seu planeta, sua infância e sua transição para a cidade, tudo de uma forma menos inocente do filme original de 1978. Certas coisas Zack Snyder não perdeu tempo enrolando, como Clark conseguir enganar Lois usando um óculos apenas. Uma das coisas que a Warner é conhecida, é dar liberdade total criativa para seus diretores, ou seja eles tem o corte final, decisão de veto, escolha de elenco, história e produção, são considerados filmes autorais, e isso ocorreu aqui também, assim como nos filmes de Christopher Nolan que foram o reboot de Batman. Toda a confiança na mão de Zack Snyder é clara aqui, o conceito de utilizar Superman como um Deus, cenas obscuras, ação frenética, todas assinaturas dele.
Ao contrário dos filmes do Superman antigos, este não contém aquela esperança e inocência, o tom é muito diferente, e isso não é algo negativo. No clímax do filme, quando a cidade está toda destruída é quando ocorre o beijo entre Superman e Lois, deixando várias pessoas irritadas com aquela destruição sendo “comemorada”. A grande mudança na história do combate com Zod seria sua morte tendo o pescoço quebrado por Superman, algo muito corajoso até então, e a DC é conhecida por ser mais atrevida e ter mais consequência em seus filmes em relação a Marvel, isso se torna óbvio quando Zod se torna um cadáver em 2 segundos nos braços de Superman, você percebe que a coisa é séria mesmo, sem volta.




Poster do filme Batman vs Superman: A Origem da Justiça (2016) via Warner Bros./DC Comics/DC Entertainment/Divulgação


Batman v Superman: Dawn of Justice (2016)
Aqui foi onde a Warner deu seu aval total para Zack Snyder ditar o curso do universo da DC nos cinemas. Estrelam o filme Ben Affleck, Henry Cavill,  Laurence Fishburne, Holly Hunter, Jeremy Irons, Diane Lane, Gal Gadot, Amy Adams e Jesse Eisenberg. Neste filme Lex Luthor joga Batman contra Superman criando o confronto do título do filme. Utilizando o cadáver de Zod do filme anterior, Luthor cria uma aberração juntando-o com seu sangue, surgindo assim: Doomsday. Até aí tudo bem, mas o fator que orienta o espectador é a bendita bala que Lois recupera do confronto que abre o filme. Você assistindo percebe que Luthor é a mente que move os personagens, então toda aquela pesquisa e esforço de Lois em determinar de onde a bala veio é tão inútil e desinteressante que quando ela finalmente descobre não é surpresa para quem está assistindo, apenas para ela mesma.

A tentativa de apressar o Universo Estendido da DC no cinema resultou em cenas muito rápidas de Flash, Aquaman e Ciborgue em um arquivo de pendrive onde é possível ver o logo dos vigilantes protinho já. Para pessoas que entendem quem estes personagens são, são ótimos fan-services, mas para pessoas que não são fãs harcore da DC, entender quem seria o cara que viaja no tempo para avisar Bruce em um pesadelo sobre o Superman é uma tarefa difícil. Evitar o comparativo com a Marvel é impossível, já que antes de juntar todos os heróis em um filme (The Avengers (2012)) existiu a preocupação de estabelecer para a audiência quem estes caras seriam, ao ponto de quando você os enxergasse juntos, sua mente não ficasse tentando entender o motivo deles se juntarem, e apenas apreciasse a trama da história. Já em Batman v Superman tentaram cortar o caminho jogando eles na sua cara como se fosse algo simples absorver um cara que vive no mar, uma amazona na guerra, um acidentado sendo reconstruído por caixas misteriosas e um rapaz muito rápido que empurra as pessoas ruins. Vendo este filme com uma pessoa de mais idade, como foi o caso de ver com minha mãe, a reação imediata dela quando Bruce tem aquele pesadelo e o Flash surge foi: “Quem é esse cara vermelho? Não lembro dele”, se referindo ao filme anterior Man of Steel (2013).

Ultimate Edition: Com 30 min a mais e cenas mais fortes essa foi a versão de acordo com Zack Snyder que tinha um corte inicial do filme de 3h, a Warner Bros. então pediu que ele diminuísse para 2h e meia no máximo, com a promessa de permitir uma versão completa em home-vídeo com censura “R” que lá fora indica sexo e violência. Na versão cinematográfica Superman vai até Nairobi salvar Lois e não entendemos muito o que houve ali, apenas que ele é culpado do evento. Na versão Ultimate aprendemos que uma guerra civil ocorria em Nairobi, e Jimmy Olsen é enviado para tentar acordo, e sem efeito os E.U.A então enviam drones de destruição para o local, então Anatoli Knyazev que tem ligações com Luthor, queima as pessoas do local e as mata, para então parecer que Superman as exterminou. Entendemos também que a testemunha do local que culpa Superman (Kahina), estava sendo manipulada por Luthor.

A personagem de Jena Malone não aparece na versão do cinema, mas na Ultimate sim. Foi especulado ela ser Barbara Gordon, mas na verdade ela é uma analista laboratorial que investiga a origem da bala que Lois trouxe da África. Entendemos que o material da bala é algo fora dos registros, assim como a cadeira de rodas de Wallace Keefe que foi manipulado por Luhor para depor contra Superman causando um atentado.

A investigação de Clark Kent é mais incisiva na versão Ultimate, investigação essa que o leva a temer o Batman e te faz entender os motivos dele em confrontar o homem-morcego. Ele vai atrás de Kahina para entender o porquê ela o incriminou, mas não a encontra. Ele conversa com um homem que passa o medo que as pessoas tem de Batman e sua brutalidade, e que ficar a noite nas ruas poderia ser fatal. No início de ambas as versões, vemos Cesar Santos um criminoso que Batman marca com ferro quente. Na versão Ultimate aprendemos que Cesar, é morto na prisão, Clark relaciona esta morte a marca do Batman que é considerada uma sentença de morte nas prisões, porém vemos Anatoli Knyazev subornando um prisioneiro para matar Cesar e fazer então parecer que Batman é o responsável, e novamente lembrando Anatoli é subordinado de Luthor. Clark na versão cinematográfica recebe fotos de Cesar, por isso ele chega nessa pista, já na versão Ultimate, Clark também recebe as fotos mas uma em especial chama a atenção por conter o corpo do bandido. Clark então encontra a namorada de Cesar com seu filho no colo, ela então conta que a polícia sabe do Batman e não faz nada a respeito, e que apenas um murro pararia ele.

A investigação de Lois também é mais ampliada na versão Ultimate, ela vai até o apartamento de Wallace Shawn após a explosão do Capitólio, e acha matérias usados para bombas, mas nada faz sentido, já que a geladeira do cara está lotada. Ela recebe uma ligação da analista laboratorial que diz que a cadeira de rodas de Wallace estava forjada com chumbo, que Superman não vê através.
Superman é incriminado no Capitólio, pela explosão na versão do cinema, já na Ultimate vemos o depois disso, quando ele ajuda a retirar os corpos do local e decola deprimido.

Vemos a cena do Lobo da Estepe em forma de holograma com as caixas maternas, ensinando para Luthor o poder delas no momento que a SWAT chega no local da nave. Ainda no personagem de Luthor, na The Ultimate Edition ele quando preso dá a entender que sabe da identidade do Batman, que por sua vez indica que ele irá para o Arkham, a instalação dos maiores vilões de Gotham.



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