Header Ads

O roteiro para o reboot de Friday the 13th que não ocorreu Pt 3

Caso não tenha lido a parte 2, clique aqui  e parte 1 aqui
Sloane então fala que despertaram Jason, e que ele não pode morrer, ele já está morto. Jason volta para o Crystal Lake original, e os ferimentos parecem terem se curado. Na casa de outra personagem chamada Linda King, que é uma sobrevivente do primeiro massacre, ocorre um confronto forte, onde ela, Sloane, Vanessa e Brad acertam Jason com uma faca, um machado e com uma arma de pregos, e Brad pega um ferro de lareira e enfia no olho de Jason.

A polícia chega, todos com cara de tonto sem entender nada. Vanessa, Sloane e Brad falam com o xerife, e quase acreditaram que Jason não poderia ser morto. Uma van do necrotério bate na árvore, e se abre, Jason está vivo e empunhado de uma serra, dentro da van veríamos apenas sangue. Ele detona todos da polícia e necrotério. Pela forma que veríamos o matador, seria induzido que ele fica mais forte a cada vez que é abatido.

Sloane se mostra inteligente, já que antes no filme ela tinha achado um tipo de bracelete, uma joia pessoal da mãe de Jason, Pamela, e com o artefato em mãos, tenta atrair o foco de Jason e quase é morta, este novo Jason não é idiota, então como falei na parte 1 Vanessa se mostraria alguém mais útil que se imaginava quando explodiria a cabeça de Jason com uma espingarda, Sloane ajudaria com uma arma menor, e todos entram no carro para fugir. As duas fogem, mas olhando para trás percebem que Jason está se levantando e ajustando a máscara, então sim, ele seria imortal e nunca poderia ser parado. Fim.

Este seria o filme do Jason com aspecto “Dazed and Confused” um filme neste estilo. Poderia ter sido um bom filme se executado da forma correta, com duas sobreviventes no final, coisa que para a franquia é novidade, sempre apenas uma garota sobrevivia. Seria imposto que o roteiro descrito mostraria o primeiro ataque de Jason após se afogar, como se fosse sua primeira aparição, sendo ressuscitado. Outra ampliação do cânone afirmaria que quando ele entra no lago se regenera e a cada morte sua força aumenta. Explicaria coisas que antes não foram, mas claro mudaria a cronologia já que as datas de morte de Jason não batem com o cânone antigo, tudo isso configuraria uma nova linha temporal, mais mítica e com tons fantasmagóricos, mas sem deixar de ser uma homenagem a tudo que a franquia de 11 filmes mais um remake estabeleceu. Para muitos talvez fosse difícil entender como encaixar este novo filme nos eventos dos anteriores, e a melhor indicação é nem adianta tentar. Como já aprofundamos aqui, a cronologia dos filmes Friday The 13th não teve um bom guia e muito dos filmes tinham eventos reboot que quase nunca s traçavam uma linha de eventos clara.
Atualmente a franquia Friday The 13th passa por problemas de cunho judicial com seus dois criadores disputando o controle criativo e de distribuição dos futuros filmes, isso certamente tem atrasado qualquer movimentação em direção a uma continuação. Mas outro evento que atrapalha ainda mais é que no ano passado a Paramount lançou Rings (2017) que seria O Chamado 3 um filme muito problemático que passou por refilmagens, teve um atraso em meses de seu lançamento oficial, e quando entrou em cartaz não conseguiu uma bilheteria satisfatória, isso fez com que o núcleo criativo da Paramount Pictures ficasse apreensivo em investir milhões em uma continuação de Jason Voorhees, e afirmo isso porque na época do lançamento de O Chamado 3, e sua decepção monetária, foi a mesma época que a Paramount desistiu de continuar os filmes Friday The 13th. Outro fator é que os direitos voltaram para a New Line Cinema, isso fez com que a Paramount pensasse que se eles fizessem um novo filme e ele se saísse bem sendo bem aceito, no momento que eles pensassem na continuação, os direitos estariam de volta na New Line, e o lucro também. Resumindo, se a Paramount tivesse arriscado este roteiro que descrevi, a New Line teria se beneficiado caso o filme fosse um sucesso, não é um investimento que alguém faria.

Parece que teremos que esperar um longo tempo para vermos Jason novamente destrinchando adolescentes na floresta. Como já falamos antes, existe um processo judicial entre o diretor e criador Sean Cunningham e sua produtora Horror Inc. contra o escritor Victor Miller. Sean dirigiu o primeiro Friday the 13th de 1980, e voltou como produtor em Jason Goes to Hell, Jason X, no remake de 2009 e no game Friday the 13th. Victor escreveu o primeiro roteiro do primeiro filme de 1980.
Assim, por conta deste processo, nada de Jason ou da franquia Friday the 13th pode ser produzido, inclusive o game que tem feito muito sucesso teve seu conteúdo suspenso até que tudo se resolva. O ator Larry Zerner, que no filme Friday the 13th Part III (1982) fez “Shelly” se tornou um advogado do ramo cinematográfico e está bem a par do caso.
Sean Cunningham(diretor)/Divulgação

Ele explica que de acordo com The Copyright Act, qualquer autor pode encerrar os direitos cedidos de sua criação após um período de 35 anos, que no caso já foi a muito tempo. Essa lei permite que quando um ator, ou escritor tenha vendido algo a 35 anos atrás por um valor muito inferior, possa hoje ter uma chance de corrigir a coisa e ganhar algo, essa brecha por assim dizer existe porque no passado era muito comum você criar algo, alguém chegar e comprar barato e anos depois a coisa ter se tornado algo com 15 filmes que fizeram bilhões. No caso de Friday the 13th são 12 contando com o remake. Victor Miller alega que foi pago apenas US $9.500 isso não parece muito hoje, mas na época era, mas mesmo assim fizeram 12 filmes com tudo que ele colocou nas páginas. Basicamente ele criou e fundou uma franquia, que hoje não se limita apenas aos 12 filmes, mas a quadrinhos, jogos onde Jason apareceu como em Mortal Kombat, o próprio jogo Friday the 13th assim com camisetas, bonecos e tudo que puder gerar lucro.

Victor então usou a lei a favor dele, e mandou um comunicado ao guardião da franquia Sean Cunningham que ele teria até a data de Junho de 2018 para fazer mais filmes, depois disso, tudo reverteria para ele, tudo produzido depois da data, sem incluir os 12 filmes já feitos.

A coisa complica ainda mais porque ambos teriam que sentar e conversar já que a lei apenas bloqueia que novos filmes sejam feitos nos Estados Unidos, já que essa lei vigora lá, fazendo com que Sean Cunningham ainda conseguisse produzir coisas fora do país. E por não querer fazer acordo algum, Sean Cunningham processou o escritor alegando que quando Victor trabalhou no roteiro em 1979 ele não se encaixava nesta lei. O grande problema é que por ser algo novo, este recurso é algo novo para a indústria, então todos ainda estão entendendo como tudo pode funcionar, dando brechas para várias formas de bloquear os direitos de novos filmes, manobras legais se preferir.

Nenhum comentário

Tecnologia do Blogger.