A Nightmare on Elm Street 5: The Dream Child (1989) Parte 1
Poster do filme A Nightmare on Elm Street 5: The Dream Child (1989)/New Line Cinema/Divulgação |
É complicado defender este filme, mesmo sendo uma franquia que eu adoro ver este quinto capítulo deixa a desejar em alguns pontos. Dirigido por Stephen Hopkins, continua a história de Alice (Lisa Wilcox) que no filme anterior passou a ser a protagonista na metade do filme e agora sua perspectiva domina o filme todo. Robert Englund também volta como o icônico mestre dos sonhos Freddy Krueger. Percebemos como Alice é importante porque o primeiro pesadelo já começa com ela nua no chuveiro, nada vulgar, mas neste filme não existe aquela separação do anterior onde Alice era uma perdedora para os outros, aqui ela é uma garota comum e até levemente popular. O filme se passa em junho de 1989.
Freddy ressuscita estranhamente em um novo pesadelo de Alice subindo em um altar dentro de uma igreja (que vimos no filme passado). O pesadelo consiste em novamente ampliar a mitologia da mãe de Freddy, Amanda, que ficou dentro de uma ala de 1000 maníacos que a violentaram, o sonho ruim então mescla aspectos de como Krueger foi concebido usando seu parto real, mas substituindo o bebe Krueger por um já queimado e dominado pelo mal, apenas para fazer Alice entender tudo, e se não tivesse o componente de terror no sonho não seria um pesadelo, seria um flashback apenas. O bebe nojento acha os restos de Freddy Krueger e se desenvolve, não é uma sequência bem executada.
O grande plano de Freddy é usar o então filho de Alice como receptáculo e reviver, então ele só começa a gerar pesadelos quando Alice fica então grávida de Dan. Os amigos de Alice são em grande parte apenas colocados no filme para morrerem. Dan morre quando dorme ao volante como fez no filme passado, e Freddy prende ele em uma moto com cabos atravessando seu corpo, e então colidindo na realidade com um caminhão.
Greta uma das amigas de Alice morre bestamente com Freddy dando comida para ela no sonho. Fato é, nos filmes anteriores existia um medo de dormir pelas vítimas que tinha que ser evitado com café e remédios, aqui no quinto filme o pessoal dorme em qualquer lugar, Dan dirigindo em um caminho que seria de minutos, Greta dorme durante um jantar. Mark que gostava de Greta dorme do nada enquanto Alice vai fazer café justamente para ele não dormir, é tudo muito conveniente e as vezes estúpido. Ele então é salvo por Alice no pesadelo, e ali mesmo no sonho diz que vai investigar mais sobre Krueger e sai de cena bizarramente, nem vemos ele acordar.
Alice entende que Krueger quer usar seu filho para alguma coisa, e quando percebe que o matador está transferindo as almas dos mortos para seu bebe, ela precisa impedir essa situação sem noção que eu nem acredito estar descrevendo.
O filme teve um orçamento de US $6 milhões e arrecadou US $ 22.1, assim como os anteriores os filmes da franquia A Nightmare on Elm Street sempre se pagaram.
Se você prestar a atenção, existem erros de continuidade resultantes da edição, como no início depois do primeiro pesadelo, Alice vai para sua formatura, e vemos ela com convites nas mãos, que apenas depois Dan daria a ela, ela então estava segurando antes de recebe-los. O discurso de Dan não foi para o corte final, alguns diálogos entre as meninas, e uma cena onde o pai de Alice, dá a ela uma câmera, que você só vê pouco quando eles vão tirar a foto em grupo na mão da garota.
Tanto Frank Miller e Stephen King foram chamados para dirigir e escrever o filme.
A famosa música de Freddy que as crianças cantam foi levemente alterada neste filme, no ponto: sete, oito, melhor ficar acordado. Nove, dez, ele está de volta novamente.
Por questões comerciais, este filme possui o numeral 5 indicando sua colocação na franquia, mas originalmente e assistindo o filme quando os créditos iniciais aparecem, o número não aparece, apenas: A Nightmare on Elm Street: The Dream Child. O pôster do filme tem Freddy segurando um feto em uma bola de cristal, e isso até para quem fez o pôster não foi explicado, afinal a arte foi feita antes do filme. A ideia de se usar um bebe na trama veio da produtora Sara Risher, que já tinha dado a ideia para o terceiro filme, mas só neste quinto usaram porque quem assistiu o primeiro filme até o quarto, naquela altura, já estaria sendo uma pessoa que começou a ser fã dos filmes adolescente e no momento do quinto filme estaria se torando adulta, eles então pensaram nisso, e para manter a história relevante para a audiência que acompanhava os filmes fielmente já era hora de alguém ter um filho na história, assim como provavelmente os fãs dos filmes estavam tendo.
O filme tem uma participação do baterista do Kiss, Eric Singer na tv.
Quando vemos Mark olhando seus quadrinhos, um deles tem o preço e KC que pode indicar Krueger Comics, assim como o título: Nightmares From Hell.
No remake de It: A Coisa de 2017 ocorre uma referência forte de The Dream Child que é exibido no cinema em Derry a cidade do filme. No clímax de It inclusive ocorre um desfecho semelhante a The Dream Child, no filme do Freddy, Alice empurra uma barra na boca dele, em It a personagem Beverly faz a mesma coisa com o palhaço.
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